quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Trono Masculino do Cristal



TRONO MASCULINO DO CRISTAL
PAI OXALÁ

No caso de Oxalá o nome dele tem um sentido de ser, existe uma tradução possível. Nem tudo no Iorubá é de tradução literal. As vezes a tradução é colocada com o que é que quer dizer aquela palavra mas o nome Oxalá tem uma origem, é uma contração da palavra: Orixá N’tiAlá que quer dizer o Orixá que veste o branco. É curioso porque Ala é o nome de Deus no Islã e aqui ele aparece como parte do nome de Oxalá mas aqui Ala quer dizer branco. Essa frase foi passando por uma contração para: Orixá N’lá – Orixá de branco  Depois para Orixalá. Orixalá que em alguns lugares ainda se fala e as vezes se fala que Orixalá quer dizer “O Maior dos Orixás”. O maior dos Orixás é um qualitativo mas não é tradução da palavra porque Orixalá é contração de Orixá N’la ou Orixá N’tiAlá então ainda quer dizer Orixá que se veste de branco, e finalmente Oxalá.  A palavra Oxalá como remonta a essa origem, Oxalá é Orixá que veste o branco ou Orixá de branco, o Orixá do branco e tudo aquilo que a cor branca representa e não é por acaso que a bandeira branca é a bandeira da paz, a cor branca é a cor da paz. Embora hoje o pai Ronaldo Linares reconheça e identifique uma bandeira como a bandeira da Umbanda, sempre, em todos os tempos foi cantado que a bandeira da Umbanda é a bandeira branca, a bandeira da paz, a bandeira de Oxalá, então tudo isso está intimamente ligado. Oxalá é um Orixá, é importante que se diga isso, é um Orixá e ele tem outros nomes como por exemplo Obatalá.  Obatalá é outro nome para Oxalá, não é outro Orixá. Oxalá e Obatalá é o mesmo Orixá. Obatalá : “Oba” que quer dizer rei, Obatalá vem de “Oba N’tiAlá” então Obatalá quer dizer o “O Rei que se veste de branco”, é o mesmo Oxalá. Surgirá ainda dentro desse campo de Oxalá, surgirá ainda Oxaguiã e Oxalufã. Oxaguiã é um Oxalá, não é O Oxalá, mas é um Oxalá jovem e Oxalufã é um Oxalá velho. Para falar de Oxaguiã e Oxalufã a gente já começa a entrar no campo de Orixás intermediários porque é Oxalá jovem aquele intermediário de Oxalá com Ogum, de Oxalá com Iansã, de Oxalá com Logunã, são Oxalás jovens; Oxalufã como Oxalá velho é intermediário de Oxalá para Obaluayê ou de Oxalá para Nanã Buruque, ou seja, Oxalá no mistério ancião, no mistério jovem ou guerreiro. São intermediários e a gente vai falar mais sobre Orixás maiores, Orixás menores e Orixás intermediários.  Agora, nesse momento, importante é entender quem é Oxalá. A primeira letra que a gente tem é “Orixá de Branco”, da cor branca. O nosso estudo é voltado para a Umbanda mas é importante sim de vez em quando dar um pitaco, um parecer, fazer uma lembrança ou referência sobre a Cultura Nagô Iorubá. Na Cultura Nagô Iorubá, que é o culto de Orixá na África ou o Candomblé Brasileiro, existe uma classe de Orixás que são chamados de Orixás Funfun. O que é Orixá Funfun ? É o conjunto dos Orixás que vibram dentro da cor branca ou do axé (axé quer dizer poder de realização) no branco.  Então Oxalá é um Orixá Funfun, um dos Orixás Funfun. Dentro dos Orixás Funfun que é Oxalá, Obatalá outro nome para Oxalá, Oxaguiã, Oxalufã a gente tem também por exemplo Orumilá. Quem é Orumilá ? Orumilá é o Orixá do Oráculo de Ifá, Orixá da revelação. Aparece muito nas lendas de Exu e ele também é um Orixá do branco, da cor branca e há uma série de outros Orixás que vibram nessa cor branca. Orumilá não aparece como um dos 14 Orixás mas ele vai ter uma relação estreita com Oxalá no que diz respeito a essa relação de presente, passado futuro na linha do tempo. Oxalá faz uma parceria ou um par com um Orixá feminino que a gente chama de Logunã ou Oiá Tempo, que é assunto da próxima aula, hoje vamos fala de Oxalá.  Vou citar algumas saudações para Oxalá. A gente possui uma saudação genérica para todos os Orixás e todos os guias que quer dizer salve. Inclusive, acredita-se que a palavra Saravá é uma palavra exclusivamente umbandista, não existe na língua Iorubá, não existe em outra língua que a gente tenha conhecimento, nem na Cultura Afro nem na Cultura Indígena. Se eu estiver errado eu me corrijo, se alguém encontrar algum dicionário de línguas Africanas ou línguas Indígenas que explique a palavra Saravá eu me corrijo com o maior prazer, mas até hoje não se encontra referência lingüística ou etimológica para a palavra Saravá. Acredita-se que Saravá é uma forma de falar a palavra salve. Então a saudação geral para todos Orixás pode ser simplesmente Salve ou seja, “Salve nosso pai Oxalá, salve”; “Salve nossa mãe Oxum, salve”; “Salve nosso pai Obaluayê, salve”; “Salve o nosso pai Omulu, salve”; “Salve nosso pai Xangô, nosso pai Ogum, nossa mãe Iansã, nossa mãe Egunitá, nossa mãe Logunã, salve Iemanjá, salve todos os Orixás”. No entanto, é comum que haja uma relação estreita entre um Orixá e uma palavra de saudação porque isso já foi questionado aqui em aula várias vezes: porque colocar uma saudação em Iorubá para um Orixá ? Por exemplo: Salve nosso pai Xangô “Kao Kabecile meu pai Xangô”. Salve nossa mãe Oxum “Ora ieiê ô mamãe Oxum” salve nosso pão Omulu “Atotô meu pai Omulu”  Já fui questionado porque usar essa saudação e é comum nos terreiros de Umbanda a gente ver ainda, não sei se é certo eu colocar dessa forma, ainda uma referência Iorubana na saudação dos Orixás. Foi a pergunta de um aluno: “Alexandre, se a gente está na Umbanda que é uma religião brasileira, tudo é falado em português, os pontos cantados são em português, porque usar uma saudação Nagô Iorubá para o Orixá ?”  É porque muitas dessas saudações tem o peso ou o valor de um mantra. É como se fosse uma palavra de poder. Então quando eu digo Atotô Obaluayê eu estou repetindo uma saudação milenar a este Orixá e acreditamos que repetir uma saudação milenar é evocar o poder daquela palavra enquanto mantra, como um mantra para o Orixá. Mantra é uma palavra de poder quando entoado da forma correta. A forma correta é principalmente a forma respeitosa na qual se repete a palavra cantando ou mantrando. A palavra mantra vem da Cultura Hindu aonde se repetem os nomes das Divindades e suas saudações que é uma forma de fazer mantra. Mas no momento em que estou rezando, no momento em que estou evocando e repetindo o nome das Divindades de certa forma também estou fazendo um mantra.  Essas saudações são saudações, mantras ou mantricas para os Orixás. Essa é a minha compreensão porque afinal de contas se eu for radical e disser que tudo tem que estar na língua portuguesa, então o próprio nome do Orixá teria que mudar, eu não poderia mais falar ”meu pai Oxalá” eu teria que falar “meu pai Divindade do branco”. Há coisas que se preservam, ora nós também não saudamos ou acendemos vela, não todos, mas muitos de nós acende velas a são Miguel Arcanjo, São Gabriel, São Rafael ? São nomes que vem do Judaísmo também e não estão no português. Nós também não evocamos a presença de Santos Católicos ? Os nomes tem uma referência cultural, então nome de Orixá tem referência cultural e sua saudação as vezes também. Nesta aula de Oxalá, eu vou me estender em alguns conceitos preliminares que servirão para todos os Orixás, tanto na aula de Oxalá quanto na aula de Logunã que é Oiá Tempo. Por isso é que vou dedicar uma aula inteira só para Oxalá e depois uma aula inteira só para Logunã e logo após uma aula inteira para Oxum e Oxumaré, uma aula inteira para Oxossi e Oba mas para Oxalá uma aula inteira que é para dar referências que servirão para todos os Orixás, como a explicação e saudação. Então uma saudação para Oxalá Exeuê Babá, Epa babá ou a saudação brasileira que se diz “Oxalá é meu pai”. Então estas são saudações comuns mas não quer dizer que são as únicas formas de saudar Oxalá, há terreiros que criam saudações. É certo então quando eu coloco aqui saudação para Oxalá ? É uma orientação ou é uma sugestão ? Mas não é radical “ah, se não faz assim está errado”, não, é uma forma de saudar Oxalá. O que eu é que quer dizer Exeuê, Babá ou Epa babá ? Quer dizer salve, estou saudando meu pai, meu pai maior, meu pai Oxalá. Baba quer dizer o pai, esta é a idéia. Dentro do contexto do que a gente chama de Sete Linhas de Umbanda a gente tem a primeira linha ou primeira vibração que é linha ou vibração da fé. Então aí está Oxalá. Oxalá é chamado de “o maior dos Orixás”. Porque é ele é chamado de “o maior dos Orixás ? Ele é o maior dos Orixás. Isso diminui os outros Orixás ? Não, não diminui porque nada diminui uma Divindade, isso é algo para ser interpretado porque é que ele é o maior dos Orixás. Qual é o sentido em que está Oxalá ? Ele está no sentido da fé. Pois bem, em religião o que há de mais importante é a fé. Se Oxalá está na fé ele está no sentido principal, sem fé não há religião, por isso se eu pegar uma escala de valores, Oxalá está no topo porque ele está na fé.  Logo depois se eu colocar em escala, viriam o amor, conhecimento, justiça, lei, evolução e geração. Agora é importante que se diga que o primeiro não é o mais importante que o último porque tudo tem o seu campo de atuação, tudo tem o seu valor, mas embora a fé esteja no topo no que diz respeito, sem fé não tem amor, porque fé aqui não é apenas a fé religiosa e sim o ato de crer, não há amor quando eu não creio, eu devo crer. Sem fé e sem amor não há conhecimento real, por exemplo, estou aqui dando aula, estou passando conhecimento, não haveria valor nenhum nesse conhecimento se não fosse um ato de fé, ou seja, se eu não acreditasse no que eu estou ensinando. Se o que eu estou ensinando não fosse feito com amor também não teria conhecimento real e não apenas conhecimento da realidade ou um conhecimento verdadeiro mas um conhecimento real também no que diz respeito de realeza de valor do que é o conhecimento religioso. Só tem fundamento quando tem amor e fé e não surge justiça sem conhecimento, amor e fé. Sem justiça não há lei, sem fé, amor, conhecimento, justiça, lei não há evolução e não se gera nada.  Então há uma escala e dentro dessa escala a fé está no topo. Pelo fato de estar no topo, se eu mudar o meu ponto de vista, se eu apagar uma pirâmide de valores ou de sentidos em que todos tem a sua importância, o fato da fé estar no topo e que sem fé não tem amor, conhecimento, a fé é a base. Então fé não é a base daquela pirâmide mas é a base da religião. Fé é a base do existir. Oxalá é a base do existir e ao mesmo tempo é a base da criação e dentro de um olhar cosmológico, Oxalá é a base da criação. Por isso ele é considerado o Orixá das formas, o Orixá da plenitude, o Orixá do espaço infinito. Ele é ao mesmo tempo o espaço onde tudo acontece e faz um par com Oiá Tempo ou Logunã, que é o tempo. Oxalá e Logunã juntos formam o eixo espaço e tempo, e esse eixo espaço tempo é a base para a criação de uma realidade. Sem esse eixo não haveria a nossa realidade.  É por isso que em Lendas da Criação, Olorun, o primeiro Orixá externado, o primeiro Orixá criado em uma escala de cosmologia temos Exu-Mirim, Exu e então vem Oxalá. Se diz que Oxalá é o mais velho dos Orixás, exatamente, mas quando ele foi criado Exu já estava lá porque quando eu falo que um é mais velho que outro, quando falo que um é primeiro e o outro não, eu estou fazendo uma abordagem racional, estou colocando em escala, estou colocando na linha do tempo e Exu transcende tudo isso. Exu transcende e está lendo o que é racional, do que é classificável, do que entra em uma linha do tempo, do que eu digo que vem primeiro e o que não vem primeiro. Então eu digo que Oxalá é o primeiro Orixá mas quando ele chega na criação Exu já esta lá.
 Essa é a questão, então ele não perde o status de mais velho dos Orixás mas Exu já estava lá, no entanto a base da criação é Oxalá. O que diz respeito a Exu que é de difícil classificação, não é algo que entra na linha racional mas nós teremos uma aula só para falar sobre Exu, aliás, muito mais do que uma aula para falar sobre Exu, Orixá Exu e uma perspectiva de Umbanda. Agora é importante falar sobre Oxalá, a base da criação.  Oxalá é o espaço onde tudo passará a ser acomodado no universo, é o espaço infinito onde tudo existe. Pois vejam, todos os Orixás são forças da natureza, é uma definição. O que são Orixás? Orixás são forças da natureza. “Ah, então Oxossi são as matas, Oxum são as cachoeiras, Iemanjá é o mar, Xangô são as montanhas, Iansã são as pedreiras” sim, mas não é apenas isso. Orixás são forças da natureza, ao mesmo tempo são mentais planetários, ao mesmo tempo são Divindades, ao mesmo tempo são a presença do criador por meio de suas qualidades infinitas identificadas nesse ou naquele campo de atuação. Então Oxalá é o espaço infinito, por isso ele está em todo lugar e ao mesmo tempo, Oxalá é uma Divindade de Deus, ao mesmo tempo Oxalá é a manifestação de um dos sentidos do criador para a sua criação. Ele é o espaço infinito, a Divindade do branco, da paz, da harmonia, da tranqüilidade, do perdão, da humildade e de tudo aquilo ao qual nós identificamos em Oxalá. Ele também é em si o sentido da fé, tudo isso e muito mais é o nosso pai Oxalá.

Trono da Evolução



TRONO DA EVOLUÇÃO
 PAI OBALUAYÊ  E MÃE NANÃ BURUQUÊ

 Hoje vamos  falar sobre Obaluayê e Nanã Buroquê, ou seja, o par de Orixás ou o casal de Orixás que está na linha da evolução. Obaluayê, alguns escrevem Abaluaye, Obaluae, Babaluae, eu escrevo Obaluayê por causa da origem da língua do Yorubá, ou seja, há uma tradução para Obaluayê. Obaluayê vêm de Oba (o rei) Lu (senhor) Ayê (terra), então Obaluayê é o rei e senhor da terra. Da terra, do elemento terra, e da terra da matéria, do mundo material, mas principalmente do elemento terra. Ele é um Orixá da terra. É a sexta linha de Umbanda, a linha telúrica, linha da evolução. A saudação para Obaluayê é “Atotô”. Dizemos “Atotô Obaluayê”. Atotô é a saudação ao velho, quer dizer silencio em respeito a Obaluayê.  Então quando Obaluayê está presente dizemos “Atotô Obaluayê”. Linha da evolução, Obaluayê é universal e Nanã Buroquê é cósmica, formando esse par na linha da evolução. O sincretismo de Obaluayê é São Lazaro. Obaluayê é Orixá da cura, da evolução, da transformação, da transmutação. São Lazaro representa essa cura, é um santo católico muito evocado para a cura, para as dores morais e físicas, em sua imagem aparece cheio de feridas e aparece um cachorro lambendo a ferida de São Lazaro, cachorro também entra no mistério de Obaluayê e de Omulu também limpando as feridas.  As vezes a gente pensa em São Lazaro como o lazaro redivivo, aquele lazaro que cristo falou “levante-se e ande?” mas o santo São Lazaro que sincretiza é um santo que diz que foi mendigo e andava pelas ruas maltrapilho, mendigo, machucado, isso tem muito a ver com Obaluayê, vamos ver já já. Outra imagem é coberto de palha da costa. Na clarividência, quando Obaluayê se manifesta ele vem coberto de palha no mundo astral, quando ele incorpora. A incorporação do Orixá Obaluayê, ele vem de palha.  Ele tem uma vassourinha chamada de “xaxará”, é o Orixá da varíola que curava as doenças, com essa vassourinha ele vai limpando e curando, vassoura de palha também, palha da costa. Na palha da costa tem um mistério relacionado a Obaluayê. Não lembro se eu já contei em outra aula, que certa vez estava incorporado com um Preto-Velho e uma consulente trouxe uma palha da costa para o Preto-Velho. Na época achava que era bobagem usar palha da costa como proteção, para afastar egun, porque se usa muito mais uma palha da costa trançada para afastar egun, ou seja, espíritos. Na Umbanda todos são eguns, todos são espíritos, mas a gente chama de egun os espíritos indesejados, então a palha da costa quando é usada na Umbanda é para afastar os espíritos indesejados; essa consulente trouxe uma palha da costa trançada e deu essa palha da costa na mão do Preto-Velho e pediu para ele consagrar. Nesse momento o Preto-Velho abriu de alguma forma a minha clarividência, que eu não sou clarividente, mas a entidade tem esse dom e mostrou para mim o trabalho com pai Benedito e pai Benedito levantou essa palha na mão e começou a rezar na palha da costa. Conforme ele ia rezando, surgiu ao lado da consulente o Orixá Obaluayê se manifestou, vestido de palha, o Preto-Velho estava com aquela palha na mão, ele esticou o braço para a palha, para quem olhava parecia que ele estava só rezando a palha mas ele esticou o braço, ele levou a palha até Obaluayê de maneira que a palha que estava na mão dele se misturou com a palha que estava na roupa de Obaluayê e ali essa palha passou a fazer parte da vestimenta de Obaluayê a palha que a menina trouxe, a consulente. Quando ele puxou, é como se ele tivesse trazido uma palha de Obaluayê plasmada naquela palha que a consulente trouxe para consagrar. Então ela veio imantada, imantada com a energia de Obaluayê, ela veio consagrada porque se tornou sagrada após o Preto-Velho fazer esse ritual e cruzada na força de Obaluayê nos mistérios do alto, embaixo, da direita e da esquerda. Então ali ele pegou essa palha com esse axé de Obaluayê e deu um nó, colocou a palha no braço da consulente, então ela passou a ter a proteção de Obaluayê por meio de um ritual muito simples que o Preto-Velho fez. A imagem do Orixá coberto de palha, a mesma imagem serve para Obaluayê e para Omulu. São imagens que a gente usa na Umbanda.  Usa-se mais São Lazaro, alguns usam a imagem em respeito a forma plasmada do Orixá que se plasma na palha. Pois bem, Obaluayê é o Orixá da evolução, estamos na linha da evolução. A qualidade de Obaluayê é a transmutação, ele é transmutador, evolucionista, é o Orixá da sabedoria, é o Orixá da cura, das passagens. Pois bem, quando a gente imagina evolução, muitas vezes imaginamos a evolução como degraus a serem alcançados, então o que é evoluir ? Evoluir é sair de um patamar e alcançar um outro nível consciencial, isso é evoluir. Evoluir sempre alcançando outros níveis de consciência. Então aqui está a evolução, subir degraus conscienciais é evoluir. Logo evoluir é sair de um nível de consciência e alcançar outro nível de consciência, outra realidade, isso é evolução. Evoluir é fazer uma passagem de uma condição para outra condição melhor, isso é evoluir.  Obaluayê é o Orixá que ajuda a fazer a passagem, porque fazer a passagem é evoluir. O maior simbolismo de passagem é o desencarne, é passar do mundo material para o mundo espiritual, logo o campo santo, o cemitério, se torna sítio sagrado de Obaluayê, de Nanã Buroquê e de Omulu, mas é a casa de Obaluayê. Para onde mais cedo ou mais tarde todos nós iremos ? Ao cemitério, ao campo santo, então eu preciso começar a enxergar, a ver o cemitério como lugar sagrado porque eu vou pra lá. Eu preciso identificar a presença de Deus e de Obaluayê naquele sagrado lugar destinado a receber nossos restos mortais. Até o dia em que todos seremos obrigados a sermos cremados porque hoje é um problema de espaço enorme ter ou não cemitério. É uma dificuldade mesmo e muitos cemitérios tem problemas com lençol freático e outros problemas mais que não interessam aqui, mas o cemitério é campo santo, campo sagrado, é a casa de Obaluayê. Há uma força, onde se estabelece um cemitério surge uma força, a presença do Orixá. O cemitério é guardado por Ogum Megê e Iansã do Bale, os Exus do cemitério, as Pombas-Giras do cemitério, cemitério é ponto de força de Obaluayê. O mar também é ponto de força de Obaluayê, é chamado de calunga grande e o cemitério de calunga pequena. Então a passagem, a evolução é o maior campo de atuação de Obaluayê, a passagem.  Quando eu estou doente e eu quero ficar saudável, então eu quero passar do estado doentio para o estado saudável, quero passar por uma transformação, quero passar por uma transmutação, por isso Obaluayê é o Orixá da cura pois ele me ajuda para que eu me cure e eu me curo quando eu passei da doença para a saúde, ele ajuda a fazer a passagem. Ele ajuda em todas as dificuldades, todas as vezes que eu estiver passando por dificuldades ele me ajuda porque ele me dá sabedoria para passar pelas dificuldades.  Quem costumava sempre dizer isso e “também passa” é Chico Xavier “alegria ou tristeza, tudo passa” tudo é passageiro. Obaluayê nos lembra disso, ele traz o mistério ancião, o mistério do velho. Quem é o velho, quem é ancião ? Porque Obaluayê é considerado Orixá ancião. O que quer dizer que um Orixá é ancião ? Quer dizer que ele tem um mistério ancião. O que é esse mistério ?
O velho é aquele que já passou por todas as fases da vida, é aquele que tem a sabedoria que o jovem desconhece, é aquele que conhece os ciclos da vida e da natureza, por isso que o velho representa, o velho ancião, velho de sabedoria. Fazemos oferenda para ele no cemitério e no mar. Na oferenda de Obaluayê é comum ter vinho tinto, água, água de coco seco, coco seco, mel, as vezes dendê e sempre há em uma oferenda de Obaluayê pipoca.  A pipoca representa o axé de Obaluayê. Até se costuma dizer que pipoca são as flores de Obaluayê porque o que é a pipoca se não o milho que evoluiu ? O milho recebeu calor e se permitiu transformar-se em pipoca. Agora aqueles milhos que não se permitiram, que não estavam abertos, o milho de mente fechada, o milho cabeça dura, o milho que não estava preparado para transformação virou piruá. Então seja você milho de pipoca para Obaluayê, seja você milho aberto a transformação, ao novo, ao poder e a presença do Orixá Obaluayê, de nosso pai, de nosso avô Obaluayê, do Orixá da sabedoria, da transmutação. Sua cor é a violeta, a mais alta cor na escala de cores do arco-íris.  O arco-íris começa no vermelho e vai subindo laranja, amarelo, verde, anil, azul e violeta. Violeta é a cor da transformação, da chama violeta. Orixá da cura, da transformação, da transmutação, nosso amado e querido pai Obaluayê que age de forma universal. É muito, muito, muito presente em nossas vidas e na Umbanda. Quando a gente for falar de Preto-Velho ainda vamos falar mais um pouco sobre Obaluayê. Uma curiosidade sobre Obaluayê, quando pensamos em evolução pensamos em degraus e o maior simbolismo de Obaluayê é o cruzeiro, tanto que os Pretos-Velhos sempre riscam o cruzeiro. O que é um cruzeiro senão os degraus da evolução ? A cruz é símbolo da fé e também símbolo de Obaluayê, então cruz também é símbolo de Obaluayê. Fica aí a dica pois o que é muito conhecido na Umbanda é descarrego com pipoca. Como funciona: acende uma vela para Obaluayê, oferece a ele, pede proteção, amparo, cura e estoura o milho na panela sem sal, só que estoura esse milho ou em um azeite de oliva virgem, tem gente que estoura milho na areia, a pessoa que é mais dedicada busca areia da praia, coloca areia na panela, esquenta o milho em cima da areia. Quando chega em uma certa temperatura estoura na areia. Outros estouram no azeite de dendê. Não vale aqui a pipoca do microondas ! Coloque em uma bacia, a vela de Obaluayê acesa, eleva a cima da cabeça e faça uma oração a Deus, sua lei maior, sua justiça divina, meus pais e mães Orixás, a meu pai Obaluayê.  Imante, consagre e cruze essas pipocas para que eu possa limpar e descarregar a mim ou a fulano ou o ambiente da casa e com essa pipoca você passa pelo seu corpo e deixe a cair no chão. Cada pipoca se torna um vórtice do pai Obaluayê e cada vórtice absorve energia negativa e irradia energia positiva. Então você passa aquela pipoca e se descarrega com aquela pipoca ou pega a pipoca e vai jogando por toda a casa e depois no outro dia você varre a pipoca, vai levando a pipoca em direção da rua, vai varrendo e levando ela pra rua. Junte tudo em um saco, ou você a joga fora ou leve a pipoca para o mar ou para algum ponto de força. Se você vai levar a um campo de força você está fazendo dois rituais. Se você limpou a casa, cantando para Obaluayê, juntou a pipoca e sentiu que está tudo limpo então pode jogar essa pipoca fora porque o que tinha que se ser feito foi feito. Esse é um descarrego com pipoca muito simples, deve ser simples, não deve ser complicado e funciona, o que importa é que funciona.  É isso, para Obaluayê, nós pedimos sabedoria, tranqüilidade e cura, muita, muita, muita cura se pede para Obaluayê.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Porque Nós Umbandista ????????



 Porque Nós Umbandista ?

Por  que nós umbandistas insistimos em ficar discutindo quais são os Orixás  que devem ser cultuados na Umbanda e nos esquecemos que, independentemente dos nomes, Eles são um complexo vibracional e energético representados pelas Forças da Natureza?   Por que, nós umbandistas, que cultuamos as Forças da Natureza, como manifestação Divina de Sua Infinita Sabedoria e Misericórdia são os primeiros a sujá-las com despachos e oferendas e quase nunca limpando o que sujamos?                                                                                                                                                                    
Porque nós umbandistas, corremos de terreiro em terreiro somente para criticar este ou aquele dirigente, nos esquecendo de que mesmo sendo diferentes de nossa maneira de pensar, estão praticando Caridade?                                                                                                                                              

Por que nós umbandistas, não nos preocupamos mais com os falsos "Pais no Santo"? Por que nos limitamos em dizer que está errado cobrar trabalhos ou consultas, assediar sexualmente, obter benefícios materiais com a prática da religião e não tomamos uma atitude mais enérgica?                                                                                                                                                                                                     Por que,  nós umbandistas, não buscamos nos instruirmos mais para podermos esclarecer mais?                                                                                                                                                                     Porque, nós umbandistas, ao invés de nos orgulharmos das entidades que trabalhamos, e vivermos dizendo que foi "meu caboclo que resolveu", não buscamos ser motivo de orgulho para elas vivenciando as suas mensagens?  Por que, nós umbandistas, afirmamos que respeitamos todas as religiões, quando não conseguimos respeitar ou compreender, uma pequena discrepância litúrgica, natural de se encontrar de terreiro para terreiro?                                                                                                                                                  

Por que nós umbandistas, quando questionados sobre qual religião seguimos, dizemos quando muito, que somos espíritas, quando não o somos?  Precisamos parar de mentir para nós mesmos e de desrespeitar os ensinamentos valorosos da Umbanda! Precisamos parar de sermos omissos. Precisamos deixar de ter "vergonha" de dizer que SOMOS UMBANDISTAS! 
Precisamos compreender melhor a Umbanda e a nossa missão e objetivos dentro Dela! 

Porque ser umbandista não é só colocar a roupa branca e ir para o terreiro.    É  ter a mente e o coração limpos de interesses excusos.   É ser humilde e caridoso!  É carregar a bandeira da Umbanda com Amor e Fé!                                                                                                           Precisamos aprender a SER UMBANDISTAS DE VERDADE! Porque ser UMBANDISTA É SER EXEMPLO DE MORAL E VIRTUDE!                                                                                                       Determinação, não deixa lacuna entre pensamento e ação!

Oferendas aos Orixás e Entidades




 Oferenda aos Orixás e Entidades


OFERENDA AO ORIXÁ OXALÁ • Toalha ou pano de cor branca; • velas brancas; • frutas brancas (melão, goiaba, etc.); • vinho branco doce ou suave; • flores brancas (todas); • fitas brancas; • linhas brancas; • comidas brancas (canjica, arroz doce, coalhada adocicada, etc.); • pães; • mel; • farinha de trigo (para circular e fechar por fora as oferendas); • coco seco e sua água colocada em copos; • coco verde com uma tampa cortada e um pouco de mel derramado dentro da sua água; • água em cálices ou copos; • pedras de cristais de quartzo branco (se for solicitado); • pembas brancas (em pedra ou em pó); • milho verde em espiga, cru e ainda leitoso. OFERENDA AO ORIXÁ OXUMARÉ • Toalha ou pano de cor azul celeste; • velas brancas e azuis celestes; • fitas brancas e fitas azuis celestes (ou todas as cores); • linhas brancas e linhas azuis celestes; • frutas sementeiras (melão, maracujá, mamão, pinha, etc.); • água em copos; • vinho branco seco; água adocicada com açúcar ou mel; • flores coloridas; •coco verde; • licor ou suco de maracujá; • farinha de arroz (para circular e fechar a oferenda); • semente de feijão branco semi cozidas e misturadas ao mel de abelhas; • açúcar, colocado em um prato branco e regado com mel de abelhas; • pembas coloridas. OFERENDA AO ORIXÁ OXÓSSI • Toalha ou pano verde; • velas branca e verde; • fitas branca e verde; • linhas branca e verde; • frutas de qualquer espécie; • comidas (moranga cozida, milho verde em espiga e cozido, maçã cozida e regada com mel ou açucarada, doces cristalizados); • vinho tinto; cerveja branca; • sucos de frutas; • pembas brancas e verdes; • fubá (para circular e fechar a oferenda). OFERENDA PARA O ORIXÁ XANGÔ • Toalha ou pano marrom; • velas branca e marrom; • fitas branca e marrom; • linhas branca e marrom; • frutas (abacaxi, melão, manga, melancia, figo, caqui, laranja, goiaba vermelha); • vinho tinto seco; cerveja preta; • comidas (quiabos picados em rodelas e levemente cozido, rabada cozida com cebolas cortadas em rodelas); • pembas branca, marrom e vermelha; • licor de chocolate. OFERENDA AO ORIXÁ OGUM • Toalha ou pano vermelho; • velas branca e vermelha; • fitas branca e vermelha; • linhas branca e vermelha; • cordões branco e vermelho; • flores (cravo e palmas vermelhas); • frutas (melancia, laranja, pera, goiaba vermelha, ameixa preta, abacaxi, uvas); • licor de gengibre; • cerveja branca; • pembas branca e vermelha; • comida (feijoada). OFERENDA PARA O ORIXÁ OBALUAIÊ • Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas • flores (crisântemos brancos, quaresmeira); frutas (pinha, caqui e coco seco); • comidas (pipoca estalada, batata doce roxa cozida e regada com mel de abelha, beterraba cozida e regada com mel; mandioca cortada em “toletes” cozida e açucarada; • bebidas (vinho branco licoroso, água em copos, licor de ambrósia); • pembas brancas). • Toalha ou pano branco; • velas branca e azul escuro; • fitas branca e azul escuro; • linhas branca e azul escuro; • pembas branca e azul; • copo ou quartinha com água; • licor de anis; • frutas (laranja, uva, caqui, amora, figo, romã, maracujá azedo); flores (do campo, palmas brancas, lírios brancos). OFERENDA PARA O ORIXÁ OXUM • Toalha ou pano dourado, azul e rosa; • velas rosa, amarela e azul; • fitas rosa, amarela e azul; • linhas rosa, amarela e azul; • pembas rosa, amarela e azul; • flores (rosas brancas, amarelas e vermelhas); • frutas (cereja, maçã, pera, melancia, goiaba, framboesa, figo, pêssego, etc.); • bebidas (champanhe de maçã, de uva e licor de cereja). OFERENDA PARA O ORIXÁ OMOLU • Toalhas ou panos branco e preto sobrepostos formando oito pontas ou bicos; • velas branca, preta e vermelha; • fitas branca, preta e vermelha; • linhas branca, preta e vermelha; • pembas branca, preta e vermelha • flores (crisântemos, flores do campo, rosas brancas); frutas (maracujá, ameixa preta, ingá, figo); • comidas (pipocas estaladas e regadas com mel, coco seco fatiado e regado com mel, batata doce roxa cozida e regada com mel, bistecas ou fatias de carne de porco regadas com azeite de dendê; • bebidas (água em copos, vinho branco licoroso, licor de hortelã)). OFERENDA PARA O ORIXÁ OBÁ • Toalha ou pano vermelho ou magenta; • velas vermelha ou magenta; • fitas vermelha ou magenta; • linhas vermelha ou magenta; • pembas vermelhas; • frutas (todas); bebidas (licor); • flores (do campo, jasmim, rosas vermelhas). OFERENDA PARA O ORIXÁ EGUNITÁ • Toalha ou pano laranja; • velas laranja e vermelha; • fitas laranja; • linhas laranja; • pembas laranja; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, caqui); bebidas (licor de menta, champanhe de sidra); • flores (palmas vermelhas). OFERENDA PARA O ORIXÁ IANSÃ • Toalha ou pano branco e amarelo; • velas branca e amarela; • fitas amarelas; • linhas amarelas; • pembas amarelas; • frutas (laranja, abacaxi, pitanga, uva, morango, ambrósia, melancia, melão amarelo, pêssego e goiaba vermelha); • bebidas (champanhe de uva ou de sidra; • flores amarelas; • comidas (acarajé; abacaxi em calda, arroz-doce com bastante canela em pó por cima)). OFERENDA PARA O ORIXÁ NANA BORUQUÊ • Toalha ou panos lilás ou florido; • velas lilás; • fitas lilás; • linhas lilás; • pembas lilás; • flores (do campo, lírios e crisântemos); • frutas (uva, melão, manga, mamão, maracujá doce, framboesa, amora, figo); • bebidas (champanhe rose, vinho tinto suave, licor de amora, licor de framboesa, licor de morango). OFERENDA PARA O ORIXÁ IEMANJÁ • Toalhas branca ou azul claro; • velas branca ou azul claro; • fitas branca ou azul claro; • linhas branca ou azul claro; • pembas branca ou azul claro; • flores (rosas brancas, palmas brancas, lírio branco) frutas (melão em fatias, cerejas, laranja lima, goiaba branca, framboesa); • bebidas (champanhe de uva e licor de ambrósia); • comidas (manjares; peixes assados; arroz doce com bastante canela em pó). OFERENDA PARA O ORIXÁ EXU  • Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas preta e vermelha; • fitas preta e vermelha; • linhas preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravo vermelho); • frutas (manga, mamão, limão); • bebidas (aguardente de cana de açúcar, uísque, conhaque) • comidas (farofa com carne bovina ou com miúdos de frango, bifes de carne ou de fígado bovino fritos em azeite de dendê e com cebolas, bifes de carne ou de fígado bovino temperado com azeite de dendê e pimenta ardida). OFERENDA AOS PRETOS VELHOS • Toalha ou pano branco; • velas brancas; • fitas brancas; • linhas brancas; • pembas brancas; • frutas de todas as espécies; • bebidas (café, vinho doce, cerveja preta, água de coco, vinho branco licoroso); • flores (crisântemos brancos, margaridas, lírios brancos); • comidas (arroz doce, canjica, bolo de fubá de milho, milho cozido, doce de coco, doce de abóbora, doce de cidra, coco fatiado, quindim). OFERENDA AOS BAIANOS • Toalha ou pano branco (ou amarelo); • velas branca e amarela; • fitas branca e amarela; • linhas branca e amarela; • pembas branca e amarela; • frutas (coco, caqui, abacaxi, uva pera, laranja, manga, mamão); • bebidas (batida de coco, de amendoim, pinga misturada com água de coco); • flores (flor do campo, cravo, palmas); • comidas (acarajé, bolo de milho, farofa, carne seca cozida e com cebola fatiada, quindim). OFERENDA AOS BOIADEIROS • Toalha ou um pano (branco, vermelho, amarelo, azul-escuro, marrom); • velas branca, vermelha, amarela, azul-escuro, marrom; • fitas branca, vermelha, amarela, azul-escuro, marrom; • linhas branca, vermelha, amarela, azul-escuro, marrom; • pembas branca, vermelha, amarela, azul-escuro, marrom; • frutas (todas); • bebidas (vinho seco, aguardente, batidas, conhaque, licores); • flores (do campo, palmas, cravos); • comidas (feijoada, charque bem cozido, bolos). OFERENDA AOS MARINHEIROS • Toalha ou pano branco; • velas branca e azul claro; • fitas branca e azul claro; • linhas branca e azul claro; • pembas branca e azul claro; • flores (cravos brancos, palmas brancas); • frutas (várias); • comidas (peixes assados, peixes fritos, peixes cozidos, camarões, farofa com carne); • bebidas (rum, aguardente); OFERENDA PARA OS ERÊS • Velas branca, cor-de-rosa e azul claro; toalha ou panos cor-de-rosa e azul claro • fitas branca, cor-de-rosa e azul claro; • linhas branca, cor-de-rosa e azul claro; • flores (todas); • frutas (uva, pêssego, pera, goiaba, maçã, morango, cerejas, ameixa); • comidas (doces de frutas, arroz doce, cocadas, balas, bolos açucarados, quindins); • bebidas (refrigerantes, água de coco, suco de frutas); OFERENDA PARA OS EXUS MIRINS • Toalhas ou panos preto e vermelho; • velas bicolores pretas e vermelhas; • fitas preta e vermelha; • linhas preta e vermelha; • pembas preta e vermelha; • flores (cravos); • frutas (manga, limão, laranja, pera, mamão); • bebidas (licores, cinzando, pinga com mel) • comidas (fígado bovino picado e frito em azeite de dendê, farofas apimentadas). OFERENDA PARA POMBAGIRA • Toalha ou pano vermelho; • velas vermelhas; • fitas vermelhas; • linhas vermelhas; • pembas vermelhas; • flores (rosas vermelhas); • frutas (maçãs, morangos, uvas rosadas, caqui); • bebidas (champanhe de maçã, de uva, de sidra, licores). OFERENDAS PARA CABOCLOS (AS) As oferendas para os Caboclos e as Caboclas são iguais às dos Orixás que os regem. No geral, são iguais às dos Orixás; no particular, são acrescentados elementos indicados por eles.