terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Desenvolvimento Médiunico Umbandista



DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO UMBANDISTA


 


Existem varias formas de se desenvolver a mediunidade, ou seja: de coloca-la em ação!
Uma delas é a desenvolvida pelo Espiritismo.
  Outra, mais antiga, é a desenvolvida pelo Candomblé aqui no Brasil, a mais de 200 anos e que veio da Mãe África. Uma terceira forma é a desenvolvida pela Umbanda, aqui no Brasil.   Em alguns centros o desenvolvimento consiste em colocar quem é médium de incorporação dentro da corrente de trabalhos espirituais, aonde ele vai aprendendo lentamente sobre todo o ritual e de vez em quando o guia chefe "puxa o guia dele". Em outros o desenvolvimento é feito em um dia à parte, só com a participação dos mediuns já desenvolvidos e os que estão se desenvolvendo, com os mais "velhos" auxiliando os mais "novos" a darem seus primeiros "passos".
Eu adoto a forma que aprendi e que consiste em reunir em dia especifico, e à parte do trabalho de atendimento ao público, as pessoas com mediunidade de incorporação.
                                                                                                                                 Abrimos os trabalhos com esta função: Desenvolver a mediunidade de incorporação nas pessoas que a possuem a faculdade de incorporar espíritos.                                                                                                                                         Neste dia não se realiza atendimento a pessoas visitantes e desde o começo ao fim tudo que é feito tem o propósito de desenvolver a mediunidade.
Se houver quem toque os atabaques e cante conduzindo as manifestações, ótimo!
  Se não houver, os médiuns mais velhos cantam e batem palmas para auxiliar na incorporação dos que vieram para se desenvolver. Por vários anos, logo depois que abri o meu próprio centro, em 1983, como não tínhamos uma Curimba, eu gravei em fitas K-7 pontos de Umbanda, em uma só com pontos de Ogum, em outra só com pontos de Oxum, etc. E, após a abertura da Gira, um auxiliar colocava uma delas e os Guias conduziam o trabalho auxiliando os novos médiuns a incorporarem os deles, sempre em acordo com os pontos do Orixá que estavam sendo tocados.
Se eram pontos de Oxossi, os médiuns em desenvolvimento eram auxiliados a incorporarem seus caboclos de Oxossi, isto para os que tinham acabado de entrar na corrente mediúnica, porque os que já haviam sido auxiliados durante algumas giras já dispensavam o auxilio e incorporavam sozinhos, só observados pelos Guias responsáveis pelo desenvolvimento deles.
Quando estavam incorporando bem os seus guias elas passavam a auxiliar nos trabalhos de atendimento público até seus guias pedirem para começar a atender consulentes porque seus mediuns estavam prontos, ou quando o guia chefe determinava que o medium, já preparado por ele começasse. E isto é assim até hoje em meu centro!
   Com o passar do tempo a corrente cresceu e muitos mediuns, alguns com ótimas vozes começaram a conduzir a parte musical do desenvolvimento, quando cantavam e batiam palmas criando toda uma vibração propiciadora da incorporação.
Naquela época eu não usava os atabaques porque o centro era no meio de um bairro residencial e só vim a utiliza-los quando abri o colégio de Umbanda no bairro do Belém, em um local comercial.
Há alguns anos atrás divulguei muito a ideia de os centros de Umbanda ter um dia só para o desenvolvimento e que chamassem todas as pessoas que vão ao trabalho espiritual e que ouvem os Guias lhes recomendarem que desenvolvam suas mediunidades de incorporação, porque é divido elas estarem em desequilíbrio que sofrem com o assédio de espíritos sem luz.                                                                                                                                             Não O que muitos centros já não fizessem isto, pois faziam e muito bem.
O objetivo era estimular todos terem um dia voltado só para o desenvolvimento mediúnico, tal como é feito no Espiritismo.
Muitos que não faziam separação de giras acharam ótima a sugestão e começaram a ter um dia dedicado só para os novos mediuns.
Outros não gostaram da sugestão e começaram a espalhar que eu queria mudar a Umbanda.
Dividido entre os elogios e as criticas, pois minha intenção era no sentido de ajudar a Umbanda crescer incorporando mais e mais pessoas com a mediunidade de incorporação, parei de falar em desenvolvimento mediúnico nos moldes de uma "escola".
Mas várias pessoas que criaram suas escolas de desenvolvimento mediúnico umbandista, uns com cursos só teóricos e outros com o desenvolvimento envolvendo tanto a teoria quanto a pratica da incorporação, mas com todos ajudando o crescimento da Umbanda, porque desmistificam o ato de incorporar espiritos, colocando para todos os que possuem esta faculdade mediúnica que é possível desenvolve-la sem traumas ou medos.
                                                          Parei de estimular publicamente a criação de "Escolas de desenvolvimento mediúnico umbandista" em respeito aos que são contrários a elas.
Mas, e isto é minha opinião, acredito que seja uma boa sugestão para que os centros de Umbanda possam acolher tantas pessoas com esta faculdade mediúnica, que, se não for bem cuidada, só as prejudicará.
Ou não é isto que todos os nossos Guias Espirituais recomendam às pessoas possuidoras dela, ao lhe dizerem que só melhorarão se desenvolverem a mediunidade?
Eu acredito que todos os centros deva ter um dia dedicado só para o desenvolvimento de mediuns.
E não creio que esteja cometendo nenhuma afronta aos Orixás ou à Umbanda ao crer nisso e realizar o desenvolvimento nos moldes de uma escola.
Se escrevo isto e torno pública através deste jornal a minha opinião, é porque li em outro jornal umbandista que quem estimula ou oferece desenvolvimento mediúnico umbandista, assim como divulga que a mediunidade de incorporação é a base humana da Umbanda serão punidos por nosso Pai Ogum, por que criam situações vergonhosas para a nossa religião.
                                                                Estimular o desenvolvimento mediúnico umbandista e ensinar que a base humana da Umbanda é formada por mediuns de incorporação não é um ato vergonhoso para a Umbanda e, com toda certeza os Oguns dos que já tiveram a oportunidade de se desenvolverem concordam plenamente conosco, os que acreditamos que só desenvolvendo novos mediuns a umbanda crescerá cada vez mais.
Ensinar que a base humana da Umbanda é formada por pessoas possuidoras da mediunidade de incorporação, que, incorporados pelos seus guias, cumprem com o que determinou o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas, não só não esta errado, como é uma verdade que deve ser ensinada aos seguidores dela.
     Situação vergonhosa para a Umbanda é vermos alguém usar de um meio de divulgação para atacar o trabalho alheio de uma forma tão abjeta, porque sabe que fui eu quem sugeriu a criação de “Escolas de desenvolvimento umbandista”, que fui eu que escrevi e ensino que a base humana da religião de Umbanda é formada pelo seu “Corpo de Mediuns”, assim como ensino que o verdadeiro “Templo de Umbanda” é o medium umbandista bem desenvolvido, porque é através dele que a religião flui e se realiza na vida das pessoas atendidas pelos seus guias espirituais. O espaço físico de cada centro de Umbanda é o local de reunião dos mediuns, cada um deles o verdadeiro templo através do qual seus orixás e seus guias se manifestam e fazem a Umbanda se realizar como religião mediúnica.                                                                                                                                                                        O que ensino, pratico e divulgo através dos meios ao meu alcance esta amparado pela força espiritual que me guia e me orienta não só não é vergonhoso para a Umbanda, como tem ajudado muitas pessoas possuidoras de mediunidade a se desenvolverem, procurando nos centros que conhecem a ajuda necessária para tanto.
E, se fosse verdade o que escreveram no tal jornal de umbanda, Ogum já teria me punido, porque ensino isto desde muito antes de a pessoa que escreveu esse absurdo ter se formado comigo no tempo em que pertenceu à corrente mediúnica do meu centro, de onde saiu muito bem preparada mediunicamente para abrir o dela, que foi cruzado pelo senhor Ogum Beira Mar, que me ampara e me sustenta neste meu trabalho em prol do crescimento da Umbanda.
                                                                                                                                          Só não cito aqui o nome do tal jornal de umbanda ou da pessoa que escreveu esse absurdo, porque ela não citou o meu nome e nem o do Jornal Nacional de Umbanda, em cujas páginas sempre saem artigos, não só meus, estimulando o desenvolvimento mediúnico umbandista.
Mas, como a pessoa, seguindo o nosso exemplo, também esta enviando seu jornal de umbanda pela internet aos seus leitores, e sem nos dar o credito por mais esta inovação dentro da Umbanda, recorro ao Jornal Nacional da Umbanda para responder-lhe.
Lá, no outro lado, veremos quem irá responder aos pés de Oxossi, de Ogum e de Oxalá pelos seus atos e pelo que ensina... e pelo que escreve só para denegrir o trabalho alheio!
Pai Rubens Saraceni

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